sexta-feira, 23 de outubro de 2009

NOITES GALILEANAS - O Aster convida voce para observar o céu

O GRUPO ASTER e a RÁDIO EDUCATIVA de Jaguariúna convidam para as NOITES GALILEANAS.
É um evento global e realizado simultaneamente por milhares de instituições no Brasil e em todo o planeta como parte das comemorações do ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA.
Consiste em colocar telescópios à disposição do público para observação dos mesmos astros que Galileu viu através de sua luneta a 400 anos.
Os principais astros observados serão a Lua, o planeta Júpiter e suas 4 maiores luas, e a Via Láctea - que pode ser vista a olho nu, dependendo da qualidade do céu.
Já os outros astros observados por Galileu não será mostrados, pois, Vênus e Saturno, nascem no final da noite, pouco antes do Sol.
LOCAL : Centro Cultural (estação) - Jaguariúna-SP
DATA: Sábado, dia 24 de Outubro
HORÁRIO: a partir do por-do-Sol.
Evento GRATUITO

Teremos uma luneta semelhante à de Galileu apenas para ilustração.
Nossos telescópios são, na maioria, refletores, semelhantes aos modelos Newtonianos.
Para mais informações, consulte o nosso site:

As NOITES GALILEANAS ocorrem de 22 a 24 de Outubro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Brasil que ocorre de 19 a 25 de outubro
http://www.asterportal.org/iya2009/gn.htm

O ASTER é um grupo de astrônomos amadores que atua desde 2004 na região de Campinas,
promovendo atividades de ensino e divulgação de Astronomia.
Venha conosco nessa aventura!!
www.asterportal.org


ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA
Há quatrocentos anos, o matemático italiano Galileu Galilei utilizou o telescópio, pela primeira vez, para observar o céu.
Suas descobertas, somadas às Johanes Kepler e outros, revolucionaram a forma como vemos o Cosmo.
Tiraram o homem do centro do Universo e mostraram que a Terra não é o único planeta.
Para celebrar um ano tão especial para a ciência, particularmente a Astronomia, a ONU - através da UNESCO - e a União Astronômica Internacional instituíram 2009 como o ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA.

sábado, 17 de outubro de 2009

Novas usinas na Amazônia - destruição disfarçada de progresso

A última fronteira

Com tecnologia menos agressiva ao ambiente, novas usinas na Amazônia evitarão repetir os desastres de Balbina e Tucuruí

Duda Teixeira

Uma nova fronteira está sendo aberta na Amazônia. Não se está falando, desta vez, de agricultura, e, sim, de energia. O governo federal pretende construir três hidrelétricas gigantes na região. Duas delas, a de Santo Antônio e a de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, que constam do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), são a solução que o Palácio do Planalto habitualmente contrapõe à previsão feita por especialistas de que uma crise energética de grandes proporções se aproxima.

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Pelos dados do Ministério do Meio Ambiente, só no período de doze meses anteriores a agosto de 2006, 13.100 quilômetros quadrados de Floresta Amazônica – o equivalente a meio estado de Alagoas – foram derrubados para abrir espaço para a pecuária, a soja e outros fins.

Os dados da devastação acelerada comprovam que a ameaça ambiental não está na construção de novas hidrelétricas, sobretudo porque estas adotam hoje tecnologias menos agressivas à natureza. O que aumenta o risco de o avanço energético na Floresta Amazônica fugir ao controle é o avassalador fracasso demonstrado pelo estado brasileiro no cumprimento da tarefa de fiscalizar e impedir a destruição de áreas que devem ser preservadas.

"As obras do Rio Madeira poderiam incentivar a ocupação de uma vasta área da Amazônia cujo ecossistema é muito delicado", preocupa-se o biólogo americano Thomas Lovejoy, presidente do Centro Heinz para a Ciência, em Washington.

.... Belo Monte, no Pará, foi projetada ao lado de florestas com grande biodiversidade e tem como vizinhos dez tribos indígenas. As usinas do Rio Madeira estão perto demais de áreas preservadas e de terras indígenas e longe demais dos principais centros de consumo.

O custo da linha de transmissão até o Sudeste já foi estimado em 10 bilhões de reais, o que encareceria bastante o projeto, orçado inicialmente em 20 bilhões de reais. ....Inaugurada em 1984, Tucuruí, no Pará, alagou uma vasta área de floresta e afogou, sem remorso, toda a fauna que ali vivia. Também atraiu indústrias e migrantes, o que provocou a devastação de mais da metade da floresta nos sete municípios mais próximos....

Usina de fio d'água no Rio Danúbio, na Áustria: sem reservatório

Em vez de uma só usina com um grande reservatório, o projeto prevê duas menores, cujas turbinas serão acionadas pelo sistema a fio d'água. Nesse método, toda a água que chega é aproveitada pelas turbinas, do tipo bulbo, e, em lugar de formarem um lago, as águas avançam 500 metros em cada margem do rio durante o período de cheia.

O projeto prevê ainda que as árvores da área a ser alagada sejam retiradas antes e de forma progressiva. Desse modo, os animais podem sair andando e não se forma um lago que se tornaria uma fonte de gases de efeito estufa causado pela decomposição do material orgânico, como ocorre hoje na usina de Balbina.

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Na usina de Peixe Angical, uma obra da iniciativa privada inaugurada no ano passado no Rio Tocantins, as medidas sociais e ambientais responderam por 13% do orçamento. O projeto exemplar incluiu a construção de hospital e residências para as pessoas desalojadas, aterros sanitários, cursos de educação ambiental, viveiros de espécies retiradas e o resgate de 55.000 animais, entre eles um milhar de invertebrados.

Até minhocas foram recolhidas e transportadas para locais seguros. Nas usinas do Madeira, grupos de investidores já deram demonstrações de que aceitam arcar com esse custo ambiental. "A maior ou menor degradação do ambiente depende de quanto um país está disposto a investir em medidas que reduzam ou compensem o impacto", diz o engenheiro Rafael Schechtman, diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), uma consultoria do Rio de Janeiro. "A questão é saber se a sociedade está disposta a arcar com esse custo."

O último projeto das usinas do Rio Madeira ...reserva áreas para a construção,..de eclusas....[que] vão permitir que a produção agrícola de Rondônia e de Mato Grosso...– seja levada em barcaças até Porto Velho ou Itacoatiara, no estado do Amazonas. Neste último porto, o carregamento poderia ser transferido para navios maiores e seguir diretamente para destinos em qualquer ponto do mundo.... a hidrovia pode chegar a 4.155 quilômetros...

.... isso vai requerer um aumento de 350.000 quilômetros quadrados na área agrícola, o que daria uma área maior do que São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos. Evidentemente, cabe ao estado o dever de impedir que o crescimento da produção ocorra à custa de desmatamentos da Floresta Amazônica.

....Dados da Eletrobrás mostram que o Brasil dispõe em seus rios de quedas-d'água em quantidade suficiente para multiplicar por quatro sua capacidade hidrelétrica – mas 40% de todo esse potencial está na bacia do Rio Amazonas.

Se a economia brasileira crescer 5% ao ano, como está nos planos do governo Lula, será preciso acrescentar 3.500 megawatts por ano à capacidade energética do país. Com a construção das pequenas hidrelétricas e termelétricas que já receberam licença ambiental, o máximo de acrescimento até 2010 será de 1.272 megawatts anuais, segundo o CBIE. "A partir do ano que vem, o sistema elétrico já poderá operar no limite", diz Adriano Pires, diretor da consultoria. "Bastará uma temporada de chuvas fracas ou um aumento no consumo para que tenhamos um novo apagão."

Das usinas de menor porte ..... poucas despertaram o interesse dos investidores. Um dos motivos é o medo de ter a construção interrompida. Atualmente, qualquer cidadão munido de título de eleitor pode recorrer à Justiça e mudar completamente o andamento da obra de uma usina caso a ação seja aceita por um juiz. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), existem 25 usinas hidrelétricas com cronograma parado ou atrasado devido a obstáculos criados pelo Ibama, pelo Ministério Público, por órgãos estaduais e movimentos ambientalistas.

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VEJA TAMBÉM

Veja o texto original:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Campanha defende direito de observar as estrelas

Reportagem Reporter Eco - TV Cultura - SP
http://www2.tvcultura.com.br/reportereco/materia.asp?materiaid=1057

Físico, matemático, astrônomo e filósofo. O italiano Galileu Galilei, que viveu entre os séculos 16 e 17, revelou um novo mundo ao observar o céu - viu as montanhas da Lua, as manchas solares, as estrelas da Via Láctea. Foi uma revolução para a ciência. Quatrocentos anos depois mais de cento e trinta países participam do Ano Internacional da Astronomia, declarado pela ONU. É uma tentativa de despertar o interesse, principalmente dos jovens, pelo assunto.

Luz artificial excessiva ou mal direcionada, que afeta a nossa saúde, dos animais e das plantas também. É o que se chama de poluição luminosa. E é por conta dela que nós, habitantes das cidades, quase não conseguimos ver as estrelas. Na escuridão total, a olho nu, é possível observar cerca de 6000 estrelas. Ao redor das grandes cidades, esse número cai para 250.No centro de uma metrópole não passa de vinte e cinco.

Combater a poluição luminosa para garantir o direito de ver estrelas é um dos objetivos do Ano Internacional da Astronomia. O astrônomo e pesquisador da USP Augusto Damineli explica que perdemos bilhões ao direcionar as luzes para o céu noturno.

"A iluminação pública corresponde a quase um terço da energia produzida. Então se usarmos adequadamente essa energia nós economizamos uma hidrelétrica. Não é que a gente vá desligar uma hidrelétrica. Mas deixamos de construir outra no Amazonas. Quando você ilumina o ambiente noturno, o acasalamento de várias espécies, a alimentação de várias espécies, a navegação de várias espécies é dificultada. Então destruir a escuridão noturna é como destruir uma floresta. Mesmo essas grandes plataformas de petróleo no oceano, altamente iluminadas, elas desviam muitas aves migratórias das suas rotas, as aves ficam rodando, morrem aos montes".

Damineli lembra que o céu é um recurso natural. Um patrimônio da humanidade.

" As grandes estrelas, as primeiras que morreram, formaram nosso oxigênio. Depois, a segunda geração formou o nosso carbono. Depois o ferro. Então ,nós somos poeira das estrelas, atrás de nós está a vida das estrelas. Nós temos uma herança cósmica atrás de nós".

O Ano Internacional da Astronomia promove a redescoberta da nossa ligação com o universo.Por meio de uma série de eventos no mundo todo. Ainda dá tempo de participar. São todos eventos públicos e gratuitos.

O site do Ano Internacional :
http://www.astronomia2009.org.br/.

Autor:
Editora-Chefe:Vera Diegoli. Reportagem:Cláudia Tavares. Pauta:Marici Arruda. Edição de Texto:Gloriete Gasparetto. Imagens:Edgar Luchetta e Adilson de Paula. Edição de Imagens: João Kralik.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Exposição Universo em Evolução

Olá,
 
Queremos convidá-los a visitar:
 
A Exposição Universo em Evolução que já está em exibição no SESC Campinas, no saguão de entrada e na Sala de Internet Livre.
 
O evento é parte de um programa internacional em comemoração ao ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA.

Composta de 20 painéis com fotografias de denso conteúdo científico e grande beleza, a exposição fala sobre as maravilhas do Sistema Solar e do Universo. 

Há também,  um gigantesco painel mostrando a história do Universo desde seu surgimento até o futuro do Sistema Solar e a morte do Sol.

Além disso, o Grupo Astronômico Aster irá realizar várias outras atividades.

Veja mais informações no site do Aster:
http://www.asterportal.org/iya2009.htm

clique em ATIVIDADES e (no texto) em SESC CAMPINAS.

Ou aqui, direto para a pagina dos eventos:
http://www.asterportal.org/iya2009/atividades/090901.htm

Convide os amigos!  É grátis!!

Atenciosamente,
Ronaldo R. Pedrão

Grupo Astronômico Aster

Ano internacional da Astronomia

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Notícias - iluminação e hidrelétricas

SP diminui consumo na Iluminação Pública

Um parque formado por 563 mil pontos de luz com consumo de 50 GWh mensais. Esse é um pequeno retrato da iluminação pública da cidade de São Paulo. A quantidade é quase seis vezes maior que o parque de iluminação de Paris, na França, com 150 mil pontos, considerada a cidade luz. Ou de Nova Iorque, nos Estados Unidos, com 312 mil pontos, e do Rio de Janeiro, com 390 mil. Por isso, uma das preocupações da prefeitura paulistana é reduzir ao máximo o consumo de energia dessas lâmpadas instaladas em 496 mil unidades de iluminação...
mais


Complexo do rio Madeira, complexo até demais, artigo de Carol Salsa

A mídia volta a colocar em pauta um dos assuntos mais discutidos em termos de geração de energia na região amazônica: o Complexo do Rio Madeira. De um modo geral, os projetos de barragem, à revelia da população local, não contemplam os aspectos sociais e muito menos os ambientais previstos. Exemplo disso é o Complexo do Rio Madeira.


Após a entrega do Estudo de Impacto Ambiental EIA ao IBAMA, foi convocada uma equipe técnica composta por oito analistas ambientais deste órgão, entre eles, engenheiros civis, biólogos e historiadora, que apresentaram o Parecer Técnico nº014/2007. Este Parecer condenava o Complexo caso não fossem atendidas as diretrizes propostas para revisão quanto à : ictiofauna, existência de mercúrio no leito do rio, volume de sedimentos etc.. O próprio IBAMA não fez qualquer alusão ao Parecer e desconsiderou-o. mais

Malária aumenta 63% em distrito de Porto Velho por causa de construção de usinas no Rio Madeira

Atingidos por barragens protestam contra modelo energético brasileiro

Desenvolvimento, conflitos sociais e violência no Brasil rural: o caso das usinas hidrelétricas

Ciência Hoje On-line: Bagre não é salmão e escada não é solução, coluna de Jean-Rémy Guimarães

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Excesso de luz

Já não bastasse um bairro inteiro crescendo como um câncer, inundando o céu de luz com suas lâmpadas inadequadas, agora puseram enormes holofotes apontados para todos os lados. Chegaram ao absurdo de acender até mesmo durante o dia.



Se queriam iluminar alguma torre ou alguma construção, por que apontar luzes tão potentes a quilômetros de distância?

Quem quiser conhecer essa abominação procure nas proximidades do Condomínio Vila Flora e da fábrica de tubulações Amanco em Sumaré-SP.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Desativação da Usina de Balbina

ONG defende desativação de Usina Hidrelétrica de Balbina

Em entrevista à Rádio Nacional, o historiador e diretor da organização não-governamental (ONG) International Rivers, Glenn Switkes, defendeu hoje, pela manhã, à desativação da Usina Hidrelétrica de Balbina, localizada no Rio Uatumã na Bacia Amazônica.

Construída em 1989 para abastecer Manaus, a usina, além de "muito cara", não gera energia suficiente para a capital. Não bastasse isso, diz o especialista, Balbina para sair do papel acabou inundando parte de um território indígena (4.447 quilômetros quadrados), que, na época, tinha uma população de 250 famílias.

_ As decisões sobre a expansão da capacidade hidrelétrica da Amazônia estão sendo feitas de maneira política e não técnica _ avalia Switkes.

Outro aspecto negativo destacado por ele é a quantidade de gás carbônico lançado no ar pela a usina. Balbina emite 50 vezes a quantidade de gás carbônico de uma usina termelétrica a gás natural e dez vezes mais que uma termelétrica a carvão mineral:

_ Isso é uma grande contribuição do Brasil para as emissões de gás carbônico que causam o efeito estufa.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Astrônomos reivindicam o direito à luz das estrelas

Resolução apresentada em assembleia internacional realizada no Rio pede 'direito fundamental' ao céu noturno

Carlos Orsi, do estadao.com.br

SÃO PAULO - Astrônomos reunidos na 27ª Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), que acontece até sexta-feira, 14, no Rio de Janeiro, lançaram uma resolução "em defesa do céu noturno e pelo direito à luz das estrelas". O texto afirma que "um céu noturno não poluído... deve ser considerado um direito sociocultural e ambiental fundamental". Mais adiante, acrescenta: "A progressiva degradação do céu noturno deve ser vista como uma perda fundamental".

Ano Internacional da Astronomia no Brasil

"Todos deveriam ter o direito de olhar para o céu noturno, apreciar a vista linda e contemplar seu lugar no Universo", disse ao estadao.com.br o autor da proposta, o astrônomo australiano Richard Wainscoat, que atualmente trabalha no Havaí. "Essa vista, que serviu de inspiração a gerações, vem se degradando progressivamente nos últimos 50 anos. As pessoas que moram em cidades grandes ou médias hoje precisam viajar 200 quilômetros, ou mais, para ver o céu noturno".

"Quem mora em regiões onde o espaço entre uma cidade e outra não é superior a 300 quilômetros não tem como encontrar um céu escuro", lamenta.

A chamada poluição luminosa é provocada pelo desperdício na iluminação urbana e pela poluição do ar. As partículas suspensas na atmosfera refletem e difundem a luz das lâmpadas, ofuscando o brilho das estrelas. Sobre muitas cidades, até mesmo as nuvens brilham com o reflexo das luzes artificiais, apagando ainda mais os astros.

Quem está acostumado às noites das grandes cidades talvez não sinta a perda, mas ela é significativa: o número de estrelas facilmente visíveis a olho nu, com um mínimo de poluição luminosa, é de cerca de 2.000. Nos arredores de uma cidade grande esse total passa a 250 e, perto do centro de uma metrópole, o número de estrelas visíveis talvez não chegue a 25, diz Wainscoat.

A preocupação com a poluição luminosa não é apenas coisa de primeiro mundo. No website brasileiro do Ano Internacional da Astronomia - celebrado em todo o mundo ao longo de 2009 - existe um convite para que as pessoas tentem observar a Via Láctea, em uma série de maratonas e com orientação especializada, exatamente para conscientizar a população do problema.

A Via Láctea, que é a galáxia da qual a Terra faz parte, recebeu esse nome na Antiguidade porque parecia uma trilha de leite derramado no céu. Hoje em dia, essa é uma imagem praticamente perdida. A próxima maratona de observação, em cidades brasileiras, está prevista para a próxima semana. Os locais e horários podem ser encontrados no site do Ano Internacional.

"Antes que você pense que os astrônomos são malucos que querem apagar todas as luzes das cidades para que eles possam olhar as estrelas enquanto o restante da população é assaltada", diz o site brasileiro, "é bom que fique claro que somos apenas contra o desperdício". A luz, argumentam os astrônomos, tem de ser dirigida para onde é necessária: "O chão, e não o céu".

Além das questões estética e profissional - astrônomos, afinal, precisam do céu claro para trabalhar - há problemas ambientais e de saúde pública ligados à poluição luminosa, argumentam os cientistas. "O controle da luz indesejada deve ser um elemento básico das políticas de preservação da natureza, já que ela tem impacto em várias espécies, hábitats, ecossistemas e paisagens", diz a resolução.

Wainscoat lembra ainda que há estudos ligando o excesso de luz noturna a alguns tipos de câncer. "E acho que é evidente que se você tem a luz da rua logo do lado de fora do seu quarto, a ponto de impedir o sono à noite, isso é um problema. E há impactos em outras espécies", acrescenta.

Espécies de hábitos noturnos, para as quais a escuridão da noite é um sinal para sair da toca em busca de alimento, podem ser afetadas. Um estudo publicado em junho na revista científica Current Biology ligou a poluição luminosa no Reino Unido ao risco de extinção de uma espécie de morcego, o Rhinolophus hipposideros.

O astrônomo diz que já há leis, em várias partes do mundo, contra a poluição luminosa. "Acredito que, à medida que a necessidade de poupar energia torna-se mais urgente, e as pessoas ganham consciência dos problemas de saúde, veremos mais leis em outros lugares". Segundo ele, a região da Lombardia, na Itália, e a Eslovênia já têm boas leis de iluminação em vigor.

Leia o artigo original:

Astrônomos reivindicam o direito ao ceu e a luz das estrelas

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

LEDs vão revolucionar iluminação

Avanços tecnológicos e queda nos preços dos LEDs prometem revolucionar o que entendemos por iluminação

A Sala São Paulo, casa da Orquestra Sinfônica do Estado e um dos mais belos edifícios da capital paulista, trocou seu sistema de iluminação externa há pouco menos de um ano.

Os contornos da antiga estação de trem no centro da cidade agora são realçados por uma nova tecnologia, mais econômica, duradoura e versátil que as tradicionais lâmpadas incandescentes. Trata-se da iluminação com LEDs, sigla em inglês para diodos emissores de luz.

Os LEDs não são propriamente uma novidade. As primeiras referências às propriedades luminosas de certos semicondutores datam do começo do século passado. Depois de um intervalo de décadas, nos anos 60 surgiram as primeiras aplicações práticas para a tecnologia, que passou a ser restrita a aplicações industriais e alguns poucos eletroeletrônicos.

O avanço decisivo viria somente em 1995: naquele ano, viu-se pela primeira vez um LED capaz de emitir luz branca. A descoberta abriu caminho para tornar obsoleta a lâmpada incandescente, inventada por Thomas Edison 161 anos atrás.

A Sala São Paulo calcula que o novo sistema, composto de 2 400 luminárias e 200 conjuntos de lâmpadas externas de LEDs, consuma 75% menos energia elétrica que o anterior. A energia elétrica economizada equivale ao consumo de 950 residências ao longo de um ano. A diferença não está somente na conta de luz. A tecnologia de LEDs tem vida útil estimada em 50 000 horas, ante apenas 1 000 horas das lâmpadas incandescentes.

O conjunto formado por reator, lâmpada e luminária ainda é em média 20 vezes mais caro que os equivalentes da antiga tecnologia, mas a diferença se estreita a cada ano. Como os processadores de computador, os LEDs têm dobrado a capacidade luminosa mais ou menos a cada dois anos, e os preços têm caído pela metade.

Hoje, apenas 1,9% dos 79,5 bilhões de dólares movimentados mundialmente no mercado de iluminação fica com os LEDs. Mas em dez anos a expectativa é que essa cifra cresça dramaticamente. "Em pouco tempo, teremos um novo cenário no mercado de iluminação", diz Nadarajah Narendran, diretor de pesquisa do Lighting Research Center, instituto americano especializado em iluminação.

O preço das lâmpadas convencionais de LED, como a exibida na página ao lado, ainda deve manter a tecnologia longe das residências. Mas hotéis, redes varejistas e até mesmo a indústria automotiva já estão aderindo em peso. Um hotel que troque todas as suas lâmpadas pode recuperar o investimento em sete meses.

Além do consumo mais baixo, as lâmpadas esquentam menos, o que significa menos carga no ar-condicionado. Quem também se rendeu foi a administração pública. Segundo o vice-presidente de iluminação da Philips Brasil, Yoon Young Kim, 20% dos monumentos do mundo já são iluminados com o novo sistema. Os LEDs exigem menos manutenção, e isso representa uma grande economia, pois muitas vezes os pontos de luz ficam em locais de difícil acesso.

As novas lâmpadas também andam de mãos dadas com os projetos de energia alternativa. Na Austrália, na China, na Europa e nos Estados Unidos existem incentivos formais à adoção de fontes de iluminação mais econômicas.

A União Europeia decidiu criar campanhas para que as lâmpadas incandescentes sumam do mercado até 2012, depois de constatar que elas são responsáveis por 77% do consumo doméstico de energia elétrica. Inicialmente elas devem ser substituídas pelas fluorescentes compactas, mas no longo prazo os LEDs devem ser a tecnologia-padrão.

Nos Estados Unidos, o objetivo é fazer com que as novas luzes gerem uma economia de 280 bilhões de dólares nos próximos 20 anos. Até mesmo o Pentágono anunciou a adesão aos LEDs, em nome da causa verde. No espaço em que está situado o Departamento de Defesa dos Estados Unidos serão instalados mais de 4 000 conjuntos de LEDs.

E a inovação não ficará restrita a países ricos. No Quênia, a alemã Osram está substituindo luminárias de querosene, em muitos locais a única fonte de luz disponível, por um sistema que combina painéis solares, baterias e lâmpadas de LED. Além do custo mais baixo no longo prazo, a empresa calcula que seja evitado o lançamento de 67 toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.

Uma nova luz

Os desafios técnicos, agora, se referem à potência das lâmpadas. Calcula-se que em três anos a eficiência energética do LED deve superar até mesmo a das fluorescentes compactas. "Os 100 lúmens [unidade de medida de luz] por watt que se consegue hoje devem saltar para 200 em três ou quatro anos", diz Vinicius Petroni, gerente de vendas da GE Consumidores e Indústria.

Quando esse desempenho aumentar, a participação do LED no mercado brasileiro de iluminação (sem contar aqueles usados em celulares e televisores), que é de cerca de 700 milhões de dólares, passará dos 20 milhões de dólares de hoje para 80 milhões em cinco anos.

As incandescentes estão prestes a virar peça de museu.

Fonte: TI Verde - Info Online

Tecnologias transformarão casas e prédios em pequenas usinas

Novas tecnologias prometem transformar residências e prédios comerciais em pequenas usinas elétricas, capazes de produzir quase tudo o que consomem.

A produção de energia para sustentar casas cada vez mais automatizadas e fábricas funcionando a todo vapor é um enorme desafio para as sociedades contemporâneas e quase sempre pivô de controvérsias sobre o impacto ambiental de cada matriz energética.

Comprar um gerador a diesel e instalá-lo no quintal para garantir luz mesmo quando o pior vendaval atingir sua cidade, por exemplo, é uma forma de produzir energia localmente. Mas esta não é lá uma atitude muito ecológica.

Se termoelétricas liberam grandes quantidades de dióxido de carbono e hidroelétricas criam cicatrizes em paisagens naturais, causando enormes alagamentos, restam opções baseadas em fenômenos naturais, como o aproveitamento do Sol, dos ventos e até do movimento das ondas para gerar eletricidade.

Uma empresa americana apresentou um conjunto de hélice e gerador que pode ser instalado no alto de residências. Em tese, é possível instalar vários deles num mesmo telhado, a fim de aumentar seu potencial de gerar eletricidade.

Novas tecnologias prometem transformar residências e prédios comerciais em pequenas usinas elétricas, capazes de produzir quase tudo o que consomem.


A Cascade Engineering vende o sistema e o instala por um custo de US$ 10 mil. O custo ainda é elevado, mas se a ideia se massificar poderia cair abruptamente.

De acordo com a Cascade, um sistema de anéis faz o vento incidir de forma a não gerar ruídos elevados ou trepidações. A energia gerada pelo sistema pode ser usada para aquecer a casa no inverno, esquentar água ou simplesmente alimentar os eletrônicos da residência.

Outra forma de transformar seu lar numa usina de energia limpa é instalar painéis solares no telhado. Na cidade de São Paulo, isto é obrigação conforme uma
lei municipal de 2007 .

A regra obriga prédios comerciais e condomínios novos a colocar painéis solares em suas coberturas. O cuidado ecológico visa garantir que parte da energia consumida por estas edificações seja gerada por ela mesma.

Se residências e prédios comerciais conseguirem equacionar seu consumo de energia, as usinas precisariam focar esforços para atender fábricas e iluminação pública, uma economia e tanto.


Fonte: http://info.abril.com.br/ti-verde/

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Soluções Práticas

É possível mudar as luminárias e direcioná-las de forma barata, prática e fácil.

Utilizando luminárias adequadas e direcioná-las corretamente, em ângulo reto para baixo, para direcionar a luz para baixo ou em ângulo máximo que passe pouco mais da metade da distância ao poste seguinte ou para o outro lado da rua.

Usar lâmpadas com potência menor, mas que irão iluminar da mesma forma, pois toda a luz será aproveitada.

Em áreas particulares, usar sensores de presença, que acendem apenas quando detectam movimento e servem como alarme indicando a presença de pessoas, inclusive as indesejadas.

Usar dimmers, para regular a intensidade da luz, evitando o exagero e o desperdício.

Usar lâmpadas que emitam em poucos comprimentos onda (luz) ou em um comprimento que não prejudique a observação do céu como as de vapor de sódio de baixa pressão.

Iluminação inteligente: apenas onde e quanto é necessário, de forma uniforme, contínua e melhor. Com luz menos intensa, evitando ofuscamento e "abre-fecha" da pupila.



Exemplo de luminária correta: A lâmpada fica envolta por todos os lados, exceto para baixo, iluminando tudo, e apenas, o que é necessário.

Viabilidade

Em algumas cidades, as luminárias dispersivas já vem sendo trocadas por luminárias adequadas. Isso prova que é viável iluminar de forma correta.

Um dos exemplos acontece em Campinas, interior de São Paulo. Em algumas das principais avenidas da cidade, a Prefeitura e a CPFL Energia vem colocando novas luminárias que ( como a da foto acima) iluminam de forma eficiente e ainda economizam energia.

E economizariam muito mais se a fossem utilizadas, também as lâmpadas adequadas. Estão sendo instaladas lâmpadas de 250 W, e em alguns locais, são colocadas duas lâmpadas. Isto está acima do necessário. Seria suficiente a instalação de apenas uma lâmpada de Vapor de Sódio de baixa pressão de 150W.

Novas tecnologias na geração de energia

Se a produção de eletricidade no Brasil está em crise não é por falta de opções tecnológicas. Inúmeros meios viáveis de gerar eletricidade têm sido ignorados ou mal-aproveitados.
 
Nesse pacote tecnológico de ponta estão, entre outras, a energia do vento (ou eólica), a solar e a da biomassa, ou seja, a produção de eletricidade pela queima de matéria-prima vegetal como o bagaço de cana ou o óleo de dendê.
 
Nenhum desses recursos representa uma solução mágica e, assim como as fontes de energia tradicionais, também têm suas vantagens e desvantagens (veja o quadro abaixo).
 
Mas poderiam complementar e ampliar a produção de energia no Brasil, onde mais de 90% da eletricidade consumida ainda vem das hidrelétricas. Deu no que deu: a escassez de chuva terminou em tarifaços de surpresa e ameaça de apagões.

"Se tivéssemos diversificado nossas fontes energéticas, não estaríamos hoje nessa situação", diz o engenheiro Célio Bermann, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo.
 
Ele cita o exemplo da energia solar, cuja importância é fácil de perceber num país tão ensolarado quanto o Brasil. Bermann ilustra o argumento com um cálculo hipotético. Segundo ele, toda a eletricidade consumida atualmente no país - 330 bilhões de quilowatt/hora (kWh) ao ano - poderia ser gerada por uma única usina solar que ocuparia o espaço hoje tomado pelo lago da hidrelétrica de Itaipu, cuja área é de 1 350 quilômetros quadrados.
 
Isso dá uma idéia do potencial energético brasileiro. Apesar disso, estamos aproveitando do Sol apenas 52 milhões de kWh/ano, 6 000 vezes menos que o consumo total do país.

A biomassa é outro recurso crucial por ser extremamente abundante no Brasil. "Somente o bagaço de cana nos daria um potencial de 26 bilhões de kWh/ano", diz Bermann. "Mas estamos gerando, atualmente, apenas dez bilhões". Isso para não falar no biodiesel, óleo combustível extraído de vegetais como o dendê, que também poderia ser queimado para gerar eletricidade.
Quanto ao vento, segundo o engenheiro, a tecnologia eólica disponível poderia dar ao Brasil 250 bilhões de kWh/ano, 75% do consumo total do país. Mas ela nos dá efetivamente apenas 150 milhões de kWh/ano - 1 500 vezes menos do que seria possível.

Outro recurso mal-aproveitado são as pequenas centrais hidrelétricas, instaladas em rios modestos e riachos para suprir as áreas vizinhas. "Na minha opinião, é uma forma mais racional de produzir eletricidade do que fazer grandes e caras centrais como Itaipu", afirma Bermann.
 
Nossa capacidade de tirar energia dos pequenos rios é da ordem de 85 bilhões de kWh/ano, mas estamos aproveitando somente 7 bilhões de kWh/ano.

Esse leque de tecnologias teria deixado o país com muito mais flexibilidade para enfrentar a crise atual. Em ano que não chovesse, como este, poderíamos contar com a energia solar, por exemplo. A falta de opções, em vez disso, tende a aumentar o erro básico do governo, de não ter ampliado a produção de energia para acompanhar o crescimento da economia nos últimos anos.
 
Para compensar o descompasso, as hidrelétricas gastaram a água que deveria ficar armazenada para enfrentar situações como a da seca atual, a pior dos últimos 70 anos.
 
Diante disso, os problemas estão apenas começando: como as chuvas terminaram em março, os reservatórios deveriam estar a plena carga para enfrentar a relativa falta de água dos próximos meses.
 
Como eles estão muito longe disso - um pouco acima da marca crítica, de 10% da capacidade total - podemos chegar às vésperas do próximo período de chuvas, em novembro, com saudade dos apagões de junho. ( drusso@abril.com.br )
 
Vários fatores influem na hora de optar por uma forma de gerar energia. Os principais são o custo de construção da usina e os gastos para mantê-la operando.
 
O impacto ambiental também tem que ser considerado. Outro dado é o tempo real de operação, que mede a porcentagem do tempo que a central efetivamente produz energia, descontadas interrupções causadas, por exemplo, pela falta de gás, chuva ou sol.
 
Se o lago de Itaipu fosse coberto de células solares geraria toda a eletricidade de que o Brasil necessita  - e nem precisaríamos destruir Sete Quedas.

Super Interessante - Jun/2001

domingo, 9 de agosto de 2009

O lado escuro da iluminação noturna

Revista Nature: Livro fala sobre o impacto ambiental da iluminção noturna
(tradução em breve)

The Dark Side of Night Lighting


The aura of light that hangs over a city on an otherwise dark night brings into sharp focus the impact Homo sapiens is having on Earth. A satellite view of the planet at night reveals swathes and pimples of light, clearly identifying hot spots of human activity — Europe, the United States, India, and Japan. The light is a sign of our species extending its influence, packing action into every hour of the day and night.

“Artificial night lighting” seems a rather passive description for something that, as we can easily perceive, has such a pervasive effect on our fellow species. Based on expert reviews of the responses of a wide range of organisms, Ecological Consequences of Artificial Night Lighting offers a unique insight into how these effects manifest themselves.

The volume’s six sections cover mammals, birds, reptiles and amphibians, fishes, invertebrates, and plants.

Each begins with a vignette on ecology at night, either excerpted from earlier accounts (e.g., writings by Alexander von Humboldt and Henry David Thoreau) or experiences described for the book (e.g., short essays by Bernd Heinrich and Carl Safina).

The editors, Catherine Rich and Travis Longcore (who run the Urban Wildlands Group, a nonprofit conservation organization in Los Angeles), have a passion for the aesthetic qualities of night skies free from photopollution. For my part, I share their enthusiasm for a world in which humans have a much smaller ecological footprint.

But the reality is that our constant drive for development, wealth creation, and all the associated ancillary insanities of consumption results in less wilderness, less wildlife, and less peace.

Rich’s love of “empty” space — which, of course, from a wildlife perspective is the antithesis of empty — where species have adapted to nocturnal life strategies shines through in her preface. In their introduction, she and Longcore cite calculations that 44% of Americans live in locations where it does not become sufficiently dark for the human eye to complete the transition from cone to rod vision (1).

The diurnal and nocturnal components of the 24-hour cycle are now blurred across large parts of the globe (almost entirely in developed countries) because of our “need” for light.

The editors note that nearly 19% of Earth’s terrestrial surface “experiences night sky brightness that is polluted by astronomical standards.” What effect are these undark skies having on the wildlife and the ecosystem functions and services on which we depend? Providing the best examination to date of this question, the book synthesizes current thinking on a topic of considerable, if often unrecognized, importance to conservation professionals.

Nearly all environmental impact assessments should include an analysis of the effects of lighting, both specific to the development of a particular site and cumulative, but very few do. Our own diurnal perspective on life blinds us, and so we forget the vast number of species that rely on darkness—to hide, to catch prey, to mate, to interact. The book provides the scientific foundation for understanding the impacts of night lighting and then acting on research findings to reduce or, better still, avoid its damaging effects on wildlife. Although the first review of the mechanisms by which animals are attracted to lights appeared in 1958 (2) and its author coined the term “photopollution” in 1985 (3), only within the last decade has there been much research on the ecological consequences.

Bearing in mind that (as noted in the book) humans have long influenced animal behavior with light (for example, the use of campfires to keep predators at bay), the dramatic increase in electrical lighting in the past 40 years is a relatively rapid change for wildlife to accommodate.

For such a new area of research, the work is fairly thorough, and the book provides many useful pointers for management. For example, road lighting may not deter vehicle collisions with mammals, and may even exacerbate the problem, because many nocturnal mammals use only the rod system for sight and bright lighting saturates their retinas. In contrast, some species of bats seem to benefit from street lighting, as they preferentially feed on insects attracted to lights, although these favored bats may in turn displace other insectivorous species that do not forage at lights through interspecific competition.

Jens Rydell concludes that the replacement of mercury vapor lamps with high-pressure sodium vapor lamps (which attract fewer insects) benefits both bats and insects.

Sidney Gauthreaux and Carroll Belser’s consideration of the effects of lighting on migrating birds makes particularly pertinent reading. They find that the increasing use of artificial lighting is having an adverse effect on bird populations, especially on species that typically migrate at night. Mass mortalities of birds attracted to lights were noted at lighthouses and lightships in the mid-1800s, but the relatively recent expansion of cities, the escalating height of lit buildings, and the ongoing spread of communications towers across the land are having an increasingly damaging impact on birds.

Aircraft warning lights placed on such towers lead to the deaths of hundreds of thousands of nocturnal migrants each year. Most mortality occurs on nights when the moon is new or only slightly illuminated.

The authors describe practical measures—such as replacing red lights, which disorientate birds, with white—with the potential for substantially reducing such losses of migrating birds. Sea turtles are another taxon for which the effects of artificial lighting are comparatively well studied.

Michael Salmon’s review of research in Florida suggests the benefits of using embedded road lights (rather than poled streetlights) and replacing traditional coastal lighting, which attracts and tragically disorients turtle hatchlings. The message is clear—keep the nesting beaches dark at night.

Through their examples and discussions, the individual chapters provide consistently intriguing analyses that demonstrate the wide impact of light pollution. So much of the book is of direct relevance to the environmental advice we try to give in the United Kingdom that I expect it will be helpful around the globe. Ecological Consequences of Artificial Night Lighting is an excellent reference that will undoubtedly raise awareness of the need to conserve energy, do proper impact assessments, and turn the lights down.

References
1. P. Cinazo, F. Falchi, C. D. Elvidge, Mon. Not. R. Astron.
Soc. 328, 689 (2001).
2. F. J. Verheijen, Arch. Ned. Zool. 13, 1 (1958).
3. F. J. Verheijen, Exp. Biol. 44, 1 (1985).


Ecological Consequences of Artificial Night Lighting
Catherine Rich and
Travis Longcore, Eds.
Island, Washington, DC,
2005. 478 pp. $65, £46.50.
ISBN 1-55963-128-7.
Paper, $29.95, £21.50.
ISBN 1-55963-129-5.


The reviewer is at RPS plc, Crake Holme, Muker, Richmond, North Yorkshire DL11 6QH, UK.
E-mail: hilld@rpsgroup.com


56 7 APRIL 2006 VOL 312 SCIENCE
www.sciencemag.org

Published by AAAS